quarta-feira, 25 de abril de 2012

As flores podem não ser as de que mais gostamos, mas são flores do coração...




"Achavam-se ali, sentadas em frente da sepultura, Maria Madalena e a outra Maria." (Mt 27.61.)

Que coisa sem sentido é a mágoa. Ela nos impede de aprender e conhecer, e até mesmo de querer aprender. Quando aquelas mulheres sentaram-se tristes junto ao sepulcro do Filho de Deus, acaso viram os dois mil anos de triunfo que chegaram até nós? Não. Elas nada viram senão isto: "Nosso Cristo se foi!" O nosso Cristo veio daquela perda que elas sofreram! Milhares de corações que choram têm tido ressurreição, no meio de sua tristeza; mas os observadores chorosos olham para o prenuncio de vida que ali desponta, e nada vêem. O que as mulheres contemplavam como o fim da vida era exatamente a preparação para a coroação: pois Cristo estava no silêncio, para que pudesse viver outra vez com toda a exuberância de poder. Elas não viam isto. Lamentaram, e choraram, e foram-se; depois voltaram ao sepulcro, movidas pelo coração. Ainda não passava de um sepulcro — sem futuro, sem mensagem, sem significado. Conosco também é assim. O homem senta-se em frente ao sepulcro no seu jardim, e diz: "Esta tristeza é irremediável. Não vejo nela benefício algum. Não tirarei dela consolação." Contudo, muitas vezes é nas piores adversidades que está o poder de Cristo, esperando o momento de entrar em cena para nos livrar. Onde parece estar a nossa morte, está o nosso Salvador. Onde termina a esperança, aí está o mais promissor começo dos frutos. Onde a treva é mais densa, aí está para raiar a fulgurante luz que não conhece ocaso. Quando a experiência toda está consumada, nós descobrimos que o jardim não é desfigurado pela presença do sepulcro. Nossas alegrias se tornam melhores se há tristeza no meio delas. E as nossas tristezas são iluminadas pelas alegrias que Deus plantou à sua volta. As flores podem não ser as de que mais gostamos, mas são flores do coração — amor, esperança, fé, alegria, paz — estas são as flores plantadas ao redor de cada sepultura cavada no coração do crente.

terça-feira, 24 de abril de 2012

A fé verdadeira coloca a sua carta na caixa do correio e a deixa ir.



"A fé é... a convicção de fatos que se não vêem." (Hb 11.1.)

A fé verdadeira coloca a sua carta na caixa do correio e a deixa ir. A desconfiança a segura por uma ponta, e fica imaginando por que a resposta não vem. Eu tenho algumas cartas na minha escrivaninha, escritas já há semanas, mas, como não havia muita certeza quanto ao endereço ou ao conteúdo, não foram postas no correio. Ainda não cumpriram nada, quer a meu favor, quer dos outros. E nunca terão nenhuma finalidade, enquanto não saírem das minhas mãos e não forem entregues ao correio. Assim acontece quando temos fé verdadeira. Entregamos o problema a Deus; e Ele então opera. É tão boa aquela passagem no Salmo 37: "Entrega o teu caminho ao Senhor, confia nele, e o mais ele fará." Mas Ele nunca poderá fazer nada, se não Lhe fizermos a entrega. Fé é tomar para si as dádivas oferecidas por Deus. Nós podemos crer, entregar e descansar; mas não compreenderemos todo o alcance da bênção que é nossa, enquanto não começarmos a receber, e assumirmos a atitude de permanecer ali e tomar posse. — Days of Heaven upon Earth

Um servo de Deus, Dr. Payson, quando jovem, escreveu a uma mãe idosa, oprimida por grande ansiedade a respeito da condição de um filho seu: "A senhora se angustia demais por ele. Depois de ter orado por ele, como tem feito, e de o ter entregado a Deus, não deveria então parar de sentir ansiedade? O mandamento: 'Não estejais inquietos por coisa alguma' é ilimitado; e assim também a palavra: 'Lançando sobre eletoda a vossa ansiedade'. Se lançamos as nossas cargas sobre outra pessoa, será que elas continuam pesando sobre nós? Se voltamos com elas do trono da graça, é evidente que não foram deixadas lá. Com referência a mim mesmo, tenho feito disto um teste para minhas orações: se depois de entregar qualquer problema a Deus eu posso, como Ana, voltar com um semblante que já não está triste, um coração que não está mais sob peso e ansiedade, tomo isto como prova de que orei com fé; mas se trago comigo o meu fardo, concluo que a fé não foi posta em prática."

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Por que desanimar?




"Andando eu no meio da angústia, tu me revivificarás."  (Sl 138.7.)

A idéia no hebraico é: "Quando eu estou andando no centro, mesmo, da tribulação..." Como essas palavras descrevem bem a situação! Nosso coração clamou a Deus no meio da angústia; clamamos por suas promessas de libertação, e nenhuma libertação veio; o inimigo continuou oprimindo, até nos encontrarmos no meio da peleja, no centro da tribulação e da angústia. Por que incomodar mais o Mestre? Quando Marta disse: "Senhor, se estivesses aqui, meu irmão não teria morrido", o Senhor respondeu à sua falta de esperança com mais uma promessa: "Teu irmão há de ressuscitar." Quando andamos "no centro da tribulação" e somos tentados a pensar como Marta que o tempo do livramento já passou, Ele vem ao nosso encontro também, com uma promessa da Sua Palavra. "Andando eu no meio da angústia, tu me revivificarás" Embora Sua resposta esteja demorando tanto, embora possamos ainda continuar "andando" no meio da angústia, o centro da angústia é o lugar onde Ele nos vivifica, não o lugar em que Ele falha para conosco. Quando estamos num lugar sem esperança, esse lugar sem esperança é a ocasião em que Ele estende a mão contra a ira dos nossos inimigos e aperfeiçoa o que nos concerne; é a ocasião em que Ele fará malograr e cessar o ataque. Então, por que desanimar? — Aphra White

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ficar quieto e não fazer nada, senão esperar no Senhor!






"E ele o fará."(Sl 37.5.) 

"Primeiro eu pensava que, depois de orar, eu devia fazer tudo o que estivesse ao meu alcance para a concretização da resposta. Ele me ensinou um caminho melhor, e mostrou-me que meu esforço próprio sempre atrapalhava a Sua operação; e que quando eu orava e cria definidamente nEle para um determinado fim, Ele queria que eu esperasse em espírito de louvor e só fizesse o que Ele me mandasse. Parece uma coisa tão insegura, simplesmente ficar quieto e não fazer nada, senão confiar no Senhor; às vezes, é tremenda a tentação de tomarmos a batalha em nossas próprias mãos. Todos sabemos como é difícil salvar de afogamento uma pessoa que procura ajudar quem a socorre. Assim também, nós impossibilitamos o Senhor de combater os nossos combates, quando insistimos em procurar combatê-los nós mesmos. Não é que Ele não queira, mas não pode. Nossa interferência impede a Sua operação." — C.H.P.
"As forças espirituais não podem operar enquanto as forças terrenas estão em atividade. Deus precisa de tempo para responder a orações. Muitas vezes falhamos em dar oportunidade a Deus a este respeito. Leva tempo para Deus colorir uma rosa. Leva tempo para Ele formar um carvalho. Leva tempo para Deus tornar em pão um trigal. Ele toma a terra. Ele a amolece. Ele a enriquece. Ele a umedece com chuvas e orvalho. Ele a aquece com vida. Ele dá a lâmina, a haste, o grão dourado, e então, por fim, o pão para o faminto. Tudo isto leva tempo. Por isso nós semeamos, cultivamos, e esperamos, e confiamos, até que seja cumprido o propósito de Deus. Estamos dando uma oportunidade a Ele. A mesma lição se aplica à nossa vida de oração. Deus precisa de tempo para responder à oração." — J.A. M.

terça-feira, 17 de abril de 2012

"Qual entre todos estes não sabe que a mão do Senhor fez isto?" (Jó 12.8.)




"Qual entre todos estes não sabe que a mão do Senhor fez isto?" (Jó 12.8.)

"Há anos achou-se na África um dos mais magníficos diamantes da história. Foi oferecido ao Rei da Inglaterra, para fulgurar na sua coroa. O Rei enviou-o a Amsterdam para ser lapidado, e foi posto nas mãos de um especialista. E o que fez ele? Tomou a valiosa gema e fez nela uma marca. Então deu-lhe com seu instrumento um golpe seco. E pronto, lá estava a soberba pedra dividida em dois pedaços! Que imprudência, que desperdício, que descaso criminoso! De modo algum. Por dias e semanas aquele golpe havia sido estudado e planejado. Desenhos e modelos haviam sido feitos da pedra. Suas qualidades, seus defeitos, as linhas do corte, tudo havia sido estudado com extremo cuidado. O homem a quem ela estava entregue era um dos mais hábeis lapidários do mundo. Então aquele golpe foi um erro? Absolutamente. Foi o clímax do engenho do lapidário. Quando ele desferiu o golpe, fez aquilo que traria a pedra à sua mais perfeita forma, brilho e esplendor. Aquele golpe que parecia arruinar a magnífica preciosidade, era na verdade a sua redenção. Pois daquelas duas metades saíram as duas soberbas gemas que o olho hábil do lapidário enxergou escondidas na pedra bruta que veio da mina. Assim, às vezes Deus deixa cair sobre a nossa vida um golpe cortante. O sangue jorra. Os nervos retraem-se. Nossa alma grita em agonia. O golpe nos parece um grande erro. Mas não é. Pois somos para Deus uma jóia preciosíssima. E Ele é o mais hábil lapidário do universo. Um dia iremos fulgurar no diadema do Rei. Agora, enquanto estamos na Sua mão, Ele sabe exatamente como lidar conosco. Não recairá sobre nós nenhum golpe que não seja permitido pelo amor, o qual, das suas profundezas, opera bênçãos e enriquecimentos espirituais que nunca vimos nem procuramos. — James H. MacConkey

Num dos livros de Jorge MacDonald aparece este fragmento de conversa: "Eu imagino por que Deus me fez", disse o Sr. F. "Estou certo de que não adiantou nada fazer-me!" "Talvez não tenha adiantado muito ainda", disse D., "mas Ele ainda não acabou de fazer você. Ele ainda o está fazendo; e você está questionando o processo." Se os homens apenas cressem que estão no processo de criação, e consentissem em ser feitos — em deixar o Criador moldá-los como o oleiro ao barro, submetendo-se aos movimentos da sua roda — dentro de pouco tempo estariam louvando a Deus pelas vezes que a Sua mão os pressionou, mesmo que lhes tivesse causado dor; e por vezes, não seriam apenas capazes de crer, mas reconheceriam o fim que Deus tem em vista, que é trazer um filho à glória.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

"... e saiu, sem saber para onde ia"..






"Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu, afim de ir para um lugar que devia receber por herança." (Hb 11.8.)

 "Ele não sabia para onde ia; bastava-lhe saber que ia com Deus. Não era tanto nas promessas que ele se apoiava, mas nAquele que prometera. Não olhava para as dificuldades do que estava à sua frente, mas para o Rei, eterno, imortal, invisível, o único Deus sábio, que havia assumido o compromisso de dirigir o seu caminho e que por certo honraria o Seu próprio nome. Gloriosa fé! Esta é a tua tarefa e estas são as tuas possibilidades. Devemos nos contentar em sair do porto com as ordens em envelope fechado, tendo toda a confiança na sabedoria do Comandante em chefe; devemos estar prontos a levantar, deixar tudo e seguir a Cristo, pela segurança que possuímos de que o máximo da terra não se pode comparar com o mínimo do céu. "— F. B. M.

Não basta partirmos com Deus para uma aventura de fé. Abandonemos qualquer itinerário que a nossa imaginação tenha traçado para a jornada. Nada será como esperamos. Nosso Guia não Se prenderá a caminhos já trilhados. Ele nos guiará por um caminho que jamais sonhamos ver. Ele não conhece temor, e espera que nada temamos enquanto Ele está ao nosso lado. "... e saiu, sem saber para onde ia".. Porém, Deus o sabia, E ele andava com Deus,
Eu também me entreguei a Deus um dia. Vou por onde me guia. Ele É fiel.

domingo, 15 de abril de 2012

Anarquia espiritual



"Ora, por muito tempo Israel esteve sem o verdadeiro Deus, sem sacerdote que o ensinasse e sem lei. Quando, porém, na sua angústia voltaram para o Senhor, Deus de Israel, e o buscaram, o acharam" (2Crônicas: 15. 3-4).

Não há nenhum homem que já não tenha experimentado essa amarga experiência, sempre que deixamos o Senhor de lado sofremos as consequências. Como é triste uma vida sem a direção do Senhor, é como um pássaro que perdeu o sentido de voar, não sabe para onde vai. O Senhor na sua justiça nos disciplina para que entendamos a importância de termos uma vida de comunhão com ele e no seu amor, não aparta de nós a sua misericórdia, ao passo que se arrependermos e o buscarmos de todo o coração, ele mesmo nos perdoa pelo sangue de Cristo nos tornando assim novamente aceitáveis na sua presença.

Se você está com uma vida distante do Senhor, não perca mais tempo, se arrependa, pranteie na presença do Mestre, ele já pagou o preço por você! Ele está pronto para o receber, basta "buscá-lo de todo coração".

Deus te abençoe.

sexta-feira, 13 de abril de 2012

"A mão do Senhor veio sobre mim..."






"A mão do Senhor veio sobre mim, e ele me disse: Levanta-te, e sai para o vale, onde falarei contigo."(Ez 3.22.) 

Você já ouviu falar em alguém muito usado por Cristo que não tenha tido primeiro um tempo de espera ou não tenha sofrido o transtorno completo de todos os seus planos? Sempre foi assim desde que Paulo foi enviado por três anos aos desertos da Arábia (quando devia estar transbordante da boa-nova), até os nossos dias. Você estava ansioso por anunciar a confiança em Cristo, na Síria; então Ele lhe diz: "Eu quero que você mostre o que é confiar em mim, aí onde está, sem esperar pela Síria." A minha experiência foi bem mais simples, mas, em princípio, é a mesma. Quando pensei que a porta estava aberta para eu me lançar no trabalho literário, veio a barreira, e o médico se interpôs, dizendo simplesmente: "Nunca! Ela precisa escolher entre escrever ou viver, não dá para ambos."
Isso foi em 1860. Então, em 1869 saí da concha, com o livro: "Ministério do Cântico", e compreendi a grande sabedoria de Deus em me guardar na sombra por nove anos. Como o amor de Deus não muda, Ele está-nos amando mesmo quando não vemos nem sentimos Seu amor. Também, Seu amor e Sua sabedoria funcionam juntos, e em todas as situações; Ele sabe melhor o que realmente contribuirá para o amadurecimento e progresso da Sua obra em nós. — Memorials of Frances Ridley Havergal

sábado, 7 de abril de 2012

"Buscai-me..."



"Buscai-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração." (Jeremias 29.13)

   Precisamos ter convicção daquilo que buscamos ou então não acharemos, isso vale para qualquer coisa que desejarmos procurar e com Deus não é diferente, muito pelo contrário, é onde devemos mostrar o máximo de importância porque Ele conhece o coração daquele que o busca e sabe se a pessoa o faz com retidão ou não.

   Muitas pessoas não conseguem encontrar a Deus porque o buscam por suas bençãos, por alguma aspiração pessoal, profissional ou amorosa. Não se deve proceder assim, mesmo se Deus nos desse tudo o que pedimos, mas não o prazer da sua presença, de que adiantaria todas essas coisas? A resposta é óbvia, nada.
   
Portanto quando for buscar, não busque as bençãos de Deus, mais sim o Deus das bençãos e tudo que você necessita será suprido por Ele no momento certo.

Deus te abençoe.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

"Quem não espera providências, nunca terá providências a esperar."






"Pôr-me-ei na minha torre de vigia, colocar-me-ei sobre a fortaleza, e vigiarei para ver o que Deus me dirá. "(Hc 2.1.) 

"Nós só conhecemos o que é esperar em Deus e o que é receber auxílio de Deus, quando há uma expectação vigilante da nossa parte. Se alguma vez deixamos de receber dEle força e proteção, é porque não estamos realmente contando com elas. Muitos socorros que nos são oferecidos do céu passam por nós sem que os gozemos! Por quê? Porque não estamos em nossa torre de vigia para avistar, de longe, que eles vêm chegando, e escancarar as janelas do coração para recebê-los. Quem não está vigilante, à espera do auxílio, pouco receberá. Estejamos atentos à espera da intervenção de Deus nos acontecimentos da nossa vida. Há um provérbio simples que diz: "Quem espera pela Providência terá sempre providências a esperar." E podemos mudá-lo da seguinte maneira: "Quem não espera providências, nunca terá providências a esperar." Se não pusermos nossas vasilhas na chuva, não apanharemos água.
Precisamos ser mais objetivos e usar mais o bom senso, quando clamamos pelas promessas de Deus. Se víssemos um homem entrar e sair de um banco várias vezes no dia, apenas pondo um cheque sobre o balcão, para tirá-lo em seguida, creio que logo veríamos barrada a entrada dele ali. Quem vai a um banco e apresenta um cheque, espera ali até receber a importância correspondente, e só então se retira; não sai sem haver completado a transação. Não apresenta o cheque e simplesmente discute sobre o valor da assinatura e a excelência do documento; não, a pessoa quer a importância que lhe cabe, e não se contenta sem ela. Não fica ali só passando o tempo. Pois há muitas pessoas que estão como que brincando com a oração. Não esperam de Deus uma resposta. Assim, só estão passando tempo. Quando oramos, o Pai celestial quer que façamos com Ele uma transação real. — C. H. Spurgeon "Não será frustrada a tua esperança.""